Resenha
Cerca de quase um terço dos idosos
15 de junho - “Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa”
segunda-feira, 10 de maio de 2010
0 comentáriosVacinação contra gripe comum - 2010
Alimentação para diabéticos: mitos e verdades
segunda-feira, 12 de abril de 2010
0 comentáriosA alimentação das pessoas diabéticas não é uma alimentação especial. Ela deve ser baseada em alimentos saudáveis, normais, recomendados para todos, rica em fibras e com baixo teor de gordura e açúcar.
Os diabéticos podem consumir a maioria dos alimentos, não sendo proibido quase nenhum. Porém, o que precisa ser observado são os baixos teores de açúcar. Para se alimentar bem, o diabético precisa de uma série de informações, conhecer o valor calórico e as características dos alimentos, saber escolher quando comer fora ou como comprá-los.
10 passos:
De acordo com o Ministério da Saúde, são 10 os passos para uma alimentação saudável para os diabéticos:
1 - Estabeleça horários para as refeições, distribuindo-as em 5 a 6 refeições diárias.
2 - Consuma variados tipos de legumes, verduras e furtas. Use sempre aqueles de coloração intensa, como os verdes escuros e amarelos.
3 - Escolha alimentos ricos em fibras: verduras, frutas e legumes, leguminosos (feijões), cereais integrais, como o arroz, pão e farinhas (aveia, trigo, etc).
4 - Evite os alimentos ricos em açúcares, como os doces, refrigerantes, chocolates, balas e outras guloseimas.
5 - Consuma pouco sal, evite temperos prontos e alimentos industrializados. Prefira ervas, especiarias e limão para tornar as refeições mais saborosas.
6 - Diminua o consumo de gordura e a quantidade de manteiga e margarina; evite frituras e alimentos industrializados que contenham gordura vegetal hidrogenada entre seus ingredientes (procure ler o rótulo); dê preferência para o leite desnatado, queijo branco, carnes magras e alimentos preparados com pouco óleo e gorduras.
7 - Evite fumo e bebidas alcoólicas.
8 - Beba água.
9 - Mantenha um peso saudável.
10 - Faça uma atividade física moderada e regular.
Dicas:
Muitas vezes algumas dúvidas ficam no ar. Eis algumas dicas que podem ser úteis:
1 - Se for comer uma sobremesa diet ou ligth, fique só com uma porção. Comer o dobro é o mesmo que comer um doce muito calórico.
2 - O mito de que algumas frutas como a banana, o caqui, a manga ou a uva são contra-indicadas para quem tem diabetes é infundado. Elas são fontes de nutrientes, não precisando ser eliminadas da alimentação, mas consumidas em quantidades adequadas.
3 - E o café? Pode-se tomar? Sim! Mas sem exageros. Três xícaras pequenas por dia é o ideal. Ele deve ser de boa qualidade e preparado na hora.
4 - Como o diabético utiliza muito os adoçantes artificiais, surge aquela pergunta: “Os adoçantes artificiais causam câncer?”. Não existem evidências científicas de maior incidência de câncer no grupo que vem utilizando regularmente adoçantes artificiais. Pode-se dizer que é seguro, a não ser que se utilize doses muito exageradas, mais do que o recomendável para o ser humano.
Como se vê, não é tão difícil seguir algumas regrinhas básicas para que o diabético tenha uma alimentação saudável. O que é difícil, ás vezes, é conscientizá-lo de que, seguindo as regras básicas, ele poderá levar uma vida normal. Por que não ajudá-lo nessa mudança de hábitos, estimulando-o e fazendo-lhe algumas receitas diet deliciosas?
Autora: Ivonete Pacheco da Silva
Consultora de Qualidade em Alimentação
Chegou o Outono! Cuidados especiais para os idosos
segunda-feira, 5 de abril de 2010
0 comentáriosO Verão terminou e está a dar lugar ao Outono e, como tal, o frio que se espera exige que sejam tomadas novas precauções. Neste sentido, há que considerar os grupos de risco, nomeadamente a população idosa. Assim, a palavra de ordem é a PREVENÇÃO! Se tomarmos cuidados redobrados, poderemos prevenir uma série de complicações decorrentes do frio.
E porquê tomar precauções especiais com as pessoas idosas? Várias são os condicionantes que fazem com que esta seja uma população mais susceptível nesta época do ano, nomeadamente a redução da mobilidade na população idosa, o facto destes terem uma menor percepção relativa às alterações da temperatura, a diminuição da capacidade pulmonar do idoso e, consequentemente, a maior susceptibilidade do organismo às doenças.
A comprovar/confirmar estes fatos, constata-se que a maior parte das hospitalizações por parte dos idosos, decorrentes nesta época, ocorre devido à gripe e à pneumonia.
Consequentemente, e no sentido da minimização das consequências decorrentes da época de frio, deixamos alguns conselhos e medidas preventivas que podem e devem ser adoptadas por si/pelo seu familiar:
- Deverá sempre manter-se a circulação do ar, abrindo um pouco a janela/porta;
- Não deve usar fogareiros a carvão nem braseiras, devido à libertação de monóxido de carbono daí decorrente;
- Deve ter cuidado na utilização de aquecedores eléctricos, sendo que estes não devem ser colocados junto a cortinados nem utilizados para secar roupa;
- Deve isolar as janelas e portas para evitar a entrada de frio e a saída de calor principalmente à noite;
- Utilize bacias e ou baldes de água quente sempre sob vigilância, de modo a evitar o risco de queimadura (os idosos têm uma menor sensibilidade relativo à percepção da temperatura);
- Evite exposição ao frio. No caso de necessidade de sair de casa, proteja a cabeça com chapéu ou gorro e use luvas;
- Use várias peças de roupa em vez de uma única de tecido grosso. Manter a roupa seca e usar roupas folgadas, de materiais que não façam transpirar (algodão e fibras naturais) e calçado adequado. Proteger as extremidades (mãos e pés);
- Beba líquidos mornos, nomeadamente sopas, leite e chá;
- Procurar ingerir líquidos - de 6 a 8 copos de água por dia
- A alimentação deve ser rica em vitaminas e sais minerais, nutrientes que protegem contra infecções;
- Não descuide com a higiene pessoal;
- Lavar bem as mãos, pois reduz as infecções.
- Faça pequenos movimentos com os dedos, braços e pernas de modo a evitar o arrefecimento do corpo;
- Tenha cuidados redobrados com pessoas idosas com doenças crónicas, particularmente respiratórias;
- Evite o contato com outras pessoas doentes e a permanência em locais fechados e com grande concentração de pessoas, onde se transmitem com facilidade os vírus.
- Evitar a automedicação, visto que os medicamentos sintomáticos da gripe contêm, em sua fórmula, substâncias como efedrina, pseudoefedrina e antialérgicos que podem desencadear no idoso hipertensão arterial, taquicardia, arritmias cardíacas e sonolência, com as suas conseqüências;
- Existem outros cuidados que deve ter em atenção com o seu familiar idoso, nomeadamente tomar as vacinas contra gripe e pneumonia, que reduz o risco de infecção / minimiza as consequências do mesmo. Esta deverá ser feita no final de março, durante os meses de Abril e Maio.
Com informações Paraná Online e Ajudas Portugal
Vacinação contra Influenza H1N1
terça-feira, 23 de março de 2010
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A Influenza A-H1N1 é uma doença respiratória contagiosa causada por um novo subtipo de vírus da gripe. Assim como a gripe comum, a Influenza A-H1N1 é transmitida, principalmente, por meio de tosse, de espirro e de contato direto com secreções respiratórias de pessoas infectadas.
Abaixo está o calendário para vacinação em 2010 e após várias perguntas e respostas para ajudar ém solucinar as dúvidas que ainda possa ter:
1) O que é influenza A (H1N1)?
É uma doença respiratória aguda , causada pelo vírus pandêmico (H1N1) 2009. Este novo subtipo do vírus da influenza, do mesmo modo que os demais, e é transmitido de pessoa a pessoa, principalmente por meio da tosse ou espirro e do contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas.
2) O que significa H1N1?
As letras correspondem às duas proteínas da superficie do vírus: H: Hemaglobulina e N: Neuraminidase . O numero 1 corresponde a ordem em que cada uma das proteínas foi registrada, significando que ambas as proteínas tem semelhanças com os componentes do vírus que já circulou anteriormente, quando da pandemia de 1918-1919.
3) Qual a diferença entre a gripe comum e a influenza pandêmica (H1N1) 2009?
Elas são causadas por diferentes subtipos do vírus influenza. Os sintomas são muito parecidos e se confundem: febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza. Por isso, ao apresentar estes sintomas, seja pela gripe comum ou pela nova gripe, deve-se procurar seu médico ou um posto de saúde.
4) Esse vírus influenza pandêmico (H1N1) 2009 é mais violento e mata mais do que o vírus da gripe comum?
Até o momento, o comportamento da nova gripe se assemelha ao da gripe comum. Ou seja, o vírus pandêmico (H1N1) 2009 não se apresentou mais violento ou mortal, na população geral. A maioria absoluta das pessoas que adoece, seja pela gripe comum, seja pela gripe pandêmica, desenvolvem formas leves da doença e se recuperam, mesmo sem uso de medicamentos. Para ambas as gripes pessoas com doenças crônica, gestantes e crianças menores de dois anos são mais vulneráveis. Mas quando consideramos a população jovem previamente saudável, este vírus pandêmico tem um maior potencial de causar doença grave, quando comparado com o vírus da gripe comum. Por outro lado, o vírus pandêmico tem acometido menos as pessoas maiores de 60 anos. Mas ainda são necessários estudos mais aprofundados que estão sendo realizados, em todo o mundo, para esclarecer o comportamento do novo vírus.
5) Qual vacina será utilizada contra o vírus influenza pandêmica (H1N1) 2009?
O Ministério da Saúde adquiriu as doses de três laboratórios: Glaxo Smith Kline (GSK), SANOFI Pasteur (em parceria como Instituto Butantan) e Novartis. Esses laboratórios são fornecedores de vacinas para todos os países.
6) Se o processo de desenvolvimento de uma vacina costuma ser longo, como foi possível produzir a vacina pandêmica tão rapidamente?
Os laboratórios já tinham experiência com a produção da vacina contra os vírus de influenza sazonal (vacina administrada anualmente nos idosos no Brasil), e estes investiram em tecnologia num processo de preparação para a produção de uma vacina para a prevenção do vírus pandêmico (H1N1) 2009. O Brasil, por exemplo, fez investimentos na adequação do processo de produção pelo Instituto Butantan.
7) A vacina a ser utilizada no Brasil é segura?
A vacina a ser utilizada é segura e já está em uso em outros países. Não tem sido observada nesses paises uma relação entre o uso da vacina e a ocorrência de eventos adversos graves.
Ressalte-se, entretanto, que a garantia da vacinação segura está relacionada, também: (i) ao uso de seringas e agulhas apropriadas; (ii) à adoção de procedimentos seguros no manuseio, no preparo e na administração da vacina, conforme normas técnicas estabelecidas; (iii) à conservação da vacina na temperatura adequada, conforme preconizado; (iv) ao manejo e ao destino adequado dos resíduos da vacinação (seringas, agulhas etc.); e (v) à qualidade da capacitação do pessoal envolvido, bem como da supervisão ao trabalho de vacinação.
Além disso, considera-se como fundamental o monitoramento de eventos adversos associados temporalmente à vacinação, identificando-os, notificando-os, investigando-os e confirmando a sua real vinculação à vacina contra a influenza pandêmica.
8) A vacina a ser utilizada no Brasil é efetiva?
A vacina registra uma efetividade média maior que 95%. A resposta máxima de anticorpos se observa entre o 14º e o 21º dia após a vacinação.
9) Como a vacina é apresentada?
A vacina é acondicionada em frascos múltidoses, contendo 10 doses. Uma dose correspondendo a 0,5 ml.
a) A do Laboratório Sanofi Pasteur/Instituto Butantan é apresentada na forma de suspensão (líquido opalescente, transparente e incolor).
b) A do Laboratório GSK vem acondicionada em dois frascos (um com a suspensão (antígeno) e o outro com a emulsão (adjuvante) - líquido esbranquiçado homogêneo), sendo preparados momentos antes da administração.
c) A da Novartis é apresentada em frasco multidoses (10 ou 17 doses), na forma de suspensão.
10) O Brasil vai utilizar vacina inalável? Há diferenças entre a inalável e a injetável?
No momento não está previsto o uso de vacina inalável. A diferença entre uma e outra refere-se à forma de apresentação e de administração.
11) Então o Brasil vai utilizar somente vacina injetável?
Sim. A vacinação proposta utilizará a vacina injetável, administrada por via intramuscular, ou seja, com a introdução da solução dentro do tecido muscular.
12) Qual a quantidade de vacina adquirida pelo Ministério da Saúde?
O Ministério da Saúde adquiriu cerca de 113 milhões de doses, para administração da população em etapas distintas.
13) O que é adjuvante?
É uma substância (ou substâncias) imuno-estimulante que entra na composição de uma vacina.
14) Qual o custo da vacina?
O Ministério da Saúde está investindo recursos da ordem de R$ 1,3 bilhão para a compra das vacinas.
15) Qual o objetivo da vacinação a ser realizada no Brasil?
O objetivo dessa operação de vacinação é: i) proteger alguns grupos de maior risco de desenvolver doença grave ou evoluir para morte durante a segunda onda da pandemia influenza H1N1; ii) garantir o funcionamento dos serviços para atendimento ininterrupto dos casos suspeitos ou confirmados da Influenza H1N1, por meio da vacinação dos trabalhadores de saúde.
16) Quais são os grupos de maior risco?
Até o momento estão definidos como grupos de maior risco:
a)a população indígena aldeada;
b)as gestantes;
c)pessoas portadoras de doenças crônicas;
d)crianças maiores de seis meses até os dois anos de idade e
e)a população de 20 a 39 anos.
17) Quais as evidências que levaram o Ministério da Saúde a selecionar esses grupos como os prioritários para a vacinação? São efetivamente os mais acometidos ou de maior risco?
a) Os trabalhadores da saúde envolvidos na resposta à pandemia necessitam ser protegidos para garantir o funcionamento dos serviços de saúde, ou seja, não se pode correr o risco de um possível colapso de atividade essencial, como pronto atendimento, vigilância em saúde, laboratório etc., porque o profissional foi atingido pela pandemia.
b) Entre as mulheres em idade fértil que apresentaram síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza pandêmica, 22% eram gestantes.
c) Entre os casos de SRAG por influenza pandêmica (H1N1)2009, aproximadamente 35% apresentou alguma comorbidade. Dentre os que apresentaram uma ou mais comorbidades, o grupo de doenças respiratórias crônicas foi o mais frequente, com 24,4% dos registros, seguido de doenças cardiovasculares,e outras doenças crônicas.
d) Os indígenas são considerados grupo prioritário seja pela maior vulnerabilidade a infecções, seja pela maior dificuldade de acesso às unidades hospitalares, caso necessitem.
e) As crianças menores de dois anos apresentaram a maior taxa de incidência de SRAG por influenza pandêmica (H1N1) 2009.
f) os jovens entre 20 e 29 anos foram o grupo etário mais acometido, representando 24% do total de casos de SRAG por influenza pandêmica (H1N1) 2009.
g) os adultos entre 30 e 39 anos foram o grupo etário mais acometido em relação a mortalidade, representando 22% do total dos óbitos de SRAG por influenza pandêmica (H1N1) 2009.
18) Por que não haverá vacinação de toda população?
a) A vacinação em massa para a contenção da pandemia não é o foco da estratégia estabelecida para o enfrentamento da segunda onda pandêmica em todo o mundo. Por um motivo simples, esta contenção não é mais possível em todo o mundo.
b) São objetivos primordiais para esta vacinação proteger os trabalhadores de saúde, de modo a manter o funcionamento dos serviços de saúde envolvidos na resposta à pandemia, e para alguns grupos selecionados reduzir o risco associado à pandemia de influenza de desenvolver doença grave e morrer.
c) Na vigência da pandemia no Brasil e em outros países, esses grupos foram evidenciados como os de maior risco de apresentarem complicações graves e mortes por infecção pelo vírus Influenza A H1N1 (2009), como já evidenciado acima.
e) Além disso, não há disponibilidade do produto em escala mundial em quantidade suficiente para atender a toda a população do mundo. E há, também, a limitação da capacidade de produção por parte dos laboratórios produtores, para entrega em tempo oportuno, ou seja, antes do inicio da segunda onda nos países do hemisfério sul.
19) Por que então estão sendo incluídos no público alvo da estratégia grupos de população saudável?
É que o Brasil decidiu ir mais além do que o recomendado pela OMS que era vacinar apenas os quatro grupos que apresentaram maior risco (trabalhadores de saúde, gestantes, população indígena e pessoas com doenças crônicas preexistentes).
Fundamentado em critérios epidemiológicos, descritos acima ( pergunta 17) ampliou o público alvo, incluindo grupos de pessoas saudáveis.
Nas Américas, além do Brasil, apenas Estados Unidos e Canadá adotaram essa iniciativa, demonstrando assim, o esforço brasileiro em vacinar a maior quantidade de indivíduos com risco de desenvolver formas graves ou morrer por esta doença.
20) A vacinação acontecerá em que período? Onde?
A vacinação acontecerá no período de 8 de março a 21 de maio de 2010, perfazendo nove semanas de trabalho, e acontecerá ao mesmo tempo em todo território nacional.
21) Como será feita a vacinação?
Os grupos de maior risco, apontados na pergunta 6, serão vacinados em etapas. Serão quatro etapas envolvendo, em cada uma, um ou mais de um desses grupos, de acordo com o seguinte cronograma:
Etapas e grupos selecionados Período de realização
1ª Etapa 8 a 19 de março
Trabalhador de saúde (1)
População indígena aldeada
2ª Etapa 22 de março a 2 de abril
Gestante em qualquer idade gestacional
Doentes crônicos
Crianças com idade entre seis meses a menor de dois anos
3ª Etapa 5 a 23 de abril
População de 20 a 29 anos
4ª Etapa 24 de abril a 7 de maio
População com mais de 60 anos com doenças crônicas
5ª Etapa 10 a 21 de maio
População de 30 a 39 anos
Fonte: CGPNI/DEVEP/SVS/MS
Abaixo está o calendário para vacinação em 2010 e após várias perguntas e respostas para ajudar ém solucinar as dúvidas que ainda possa ter:
1) O que é influenza A (H1N1)?
É uma doença respiratória aguda , causada pelo vírus pandêmico (H1N1) 2009. Este novo subtipo do vírus da influenza, do mesmo modo que os demais, e é transmitido de pessoa a pessoa, principalmente por meio da tosse ou espirro e do contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas.
2) O que significa H1N1?
As letras correspondem às duas proteínas da superficie do vírus: H: Hemaglobulina e N: Neuraminidase . O numero 1 corresponde a ordem em que cada uma das proteínas foi registrada, significando que ambas as proteínas tem semelhanças com os componentes do vírus que já circulou anteriormente, quando da pandemia de 1918-1919.
3) Qual a diferença entre a gripe comum e a influenza pandêmica (H1N1) 2009?
Elas são causadas por diferentes subtipos do vírus influenza. Os sintomas são muito parecidos e se confundem: febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza. Por isso, ao apresentar estes sintomas, seja pela gripe comum ou pela nova gripe, deve-se procurar seu médico ou um posto de saúde.
4) Esse vírus influenza pandêmico (H1N1) 2009 é mais violento e mata mais do que o vírus da gripe comum?
Até o momento, o comportamento da nova gripe se assemelha ao da gripe comum. Ou seja, o vírus pandêmico (H1N1) 2009 não se apresentou mais violento ou mortal, na população geral. A maioria absoluta das pessoas que adoece, seja pela gripe comum, seja pela gripe pandêmica, desenvolvem formas leves da doença e se recuperam, mesmo sem uso de medicamentos. Para ambas as gripes pessoas com doenças crônica, gestantes e crianças menores de dois anos são mais vulneráveis. Mas quando consideramos a população jovem previamente saudável, este vírus pandêmico tem um maior potencial de causar doença grave, quando comparado com o vírus da gripe comum. Por outro lado, o vírus pandêmico tem acometido menos as pessoas maiores de 60 anos. Mas ainda são necessários estudos mais aprofundados que estão sendo realizados, em todo o mundo, para esclarecer o comportamento do novo vírus.
5) Qual vacina será utilizada contra o vírus influenza pandêmica (H1N1) 2009?
O Ministério da Saúde adquiriu as doses de três laboratórios: Glaxo Smith Kline (GSK), SANOFI Pasteur (em parceria como Instituto Butantan) e Novartis. Esses laboratórios são fornecedores de vacinas para todos os países.
6) Se o processo de desenvolvimento de uma vacina costuma ser longo, como foi possível produzir a vacina pandêmica tão rapidamente?
Os laboratórios já tinham experiência com a produção da vacina contra os vírus de influenza sazonal (vacina administrada anualmente nos idosos no Brasil), e estes investiram em tecnologia num processo de preparação para a produção de uma vacina para a prevenção do vírus pandêmico (H1N1) 2009. O Brasil, por exemplo, fez investimentos na adequação do processo de produção pelo Instituto Butantan.
7) A vacina a ser utilizada no Brasil é segura?
A vacina a ser utilizada é segura e já está em uso em outros países. Não tem sido observada nesses paises uma relação entre o uso da vacina e a ocorrência de eventos adversos graves.
Ressalte-se, entretanto, que a garantia da vacinação segura está relacionada, também: (i) ao uso de seringas e agulhas apropriadas; (ii) à adoção de procedimentos seguros no manuseio, no preparo e na administração da vacina, conforme normas técnicas estabelecidas; (iii) à conservação da vacina na temperatura adequada, conforme preconizado; (iv) ao manejo e ao destino adequado dos resíduos da vacinação (seringas, agulhas etc.); e (v) à qualidade da capacitação do pessoal envolvido, bem como da supervisão ao trabalho de vacinação.
Além disso, considera-se como fundamental o monitoramento de eventos adversos associados temporalmente à vacinação, identificando-os, notificando-os, investigando-os e confirmando a sua real vinculação à vacina contra a influenza pandêmica.
8) A vacina a ser utilizada no Brasil é efetiva?
A vacina registra uma efetividade média maior que 95%. A resposta máxima de anticorpos se observa entre o 14º e o 21º dia após a vacinação.
9) Como a vacina é apresentada?
A vacina é acondicionada em frascos múltidoses, contendo 10 doses. Uma dose correspondendo a 0,5 ml.
a) A do Laboratório Sanofi Pasteur/Instituto Butantan é apresentada na forma de suspensão (líquido opalescente, transparente e incolor).
b) A do Laboratório GSK vem acondicionada em dois frascos (um com a suspensão (antígeno) e o outro com a emulsão (adjuvante) - líquido esbranquiçado homogêneo), sendo preparados momentos antes da administração.
c) A da Novartis é apresentada em frasco multidoses (10 ou 17 doses), na forma de suspensão.
10) O Brasil vai utilizar vacina inalável? Há diferenças entre a inalável e a injetável?
No momento não está previsto o uso de vacina inalável. A diferença entre uma e outra refere-se à forma de apresentação e de administração.
11) Então o Brasil vai utilizar somente vacina injetável?
Sim. A vacinação proposta utilizará a vacina injetável, administrada por via intramuscular, ou seja, com a introdução da solução dentro do tecido muscular.
12) Qual a quantidade de vacina adquirida pelo Ministério da Saúde?
O Ministério da Saúde adquiriu cerca de 113 milhões de doses, para administração da população em etapas distintas.
13) O que é adjuvante?
É uma substância (ou substâncias) imuno-estimulante que entra na composição de uma vacina.
14) Qual o custo da vacina?
O Ministério da Saúde está investindo recursos da ordem de R$ 1,3 bilhão para a compra das vacinas.
15) Qual o objetivo da vacinação a ser realizada no Brasil?
O objetivo dessa operação de vacinação é: i) proteger alguns grupos de maior risco de desenvolver doença grave ou evoluir para morte durante a segunda onda da pandemia influenza H1N1; ii) garantir o funcionamento dos serviços para atendimento ininterrupto dos casos suspeitos ou confirmados da Influenza H1N1, por meio da vacinação dos trabalhadores de saúde.
16) Quais são os grupos de maior risco?
Até o momento estão definidos como grupos de maior risco:
a)a população indígena aldeada;
b)as gestantes;
c)pessoas portadoras de doenças crônicas;
d)crianças maiores de seis meses até os dois anos de idade e
e)a população de 20 a 39 anos.
17) Quais as evidências que levaram o Ministério da Saúde a selecionar esses grupos como os prioritários para a vacinação? São efetivamente os mais acometidos ou de maior risco?
a) Os trabalhadores da saúde envolvidos na resposta à pandemia necessitam ser protegidos para garantir o funcionamento dos serviços de saúde, ou seja, não se pode correr o risco de um possível colapso de atividade essencial, como pronto atendimento, vigilância em saúde, laboratório etc., porque o profissional foi atingido pela pandemia.
b) Entre as mulheres em idade fértil que apresentaram síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza pandêmica, 22% eram gestantes.
c) Entre os casos de SRAG por influenza pandêmica (H1N1)2009, aproximadamente 35% apresentou alguma comorbidade. Dentre os que apresentaram uma ou mais comorbidades, o grupo de doenças respiratórias crônicas foi o mais frequente, com 24,4% dos registros, seguido de doenças cardiovasculares,e outras doenças crônicas.
d) Os indígenas são considerados grupo prioritário seja pela maior vulnerabilidade a infecções, seja pela maior dificuldade de acesso às unidades hospitalares, caso necessitem.
e) As crianças menores de dois anos apresentaram a maior taxa de incidência de SRAG por influenza pandêmica (H1N1) 2009.
f) os jovens entre 20 e 29 anos foram o grupo etário mais acometido, representando 24% do total de casos de SRAG por influenza pandêmica (H1N1) 2009.
g) os adultos entre 30 e 39 anos foram o grupo etário mais acometido em relação a mortalidade, representando 22% do total dos óbitos de SRAG por influenza pandêmica (H1N1) 2009.
18) Por que não haverá vacinação de toda população?
a) A vacinação em massa para a contenção da pandemia não é o foco da estratégia estabelecida para o enfrentamento da segunda onda pandêmica em todo o mundo. Por um motivo simples, esta contenção não é mais possível em todo o mundo.
b) São objetivos primordiais para esta vacinação proteger os trabalhadores de saúde, de modo a manter o funcionamento dos serviços de saúde envolvidos na resposta à pandemia, e para alguns grupos selecionados reduzir o risco associado à pandemia de influenza de desenvolver doença grave e morrer.
c) Na vigência da pandemia no Brasil e em outros países, esses grupos foram evidenciados como os de maior risco de apresentarem complicações graves e mortes por infecção pelo vírus Influenza A H1N1 (2009), como já evidenciado acima.
e) Além disso, não há disponibilidade do produto em escala mundial em quantidade suficiente para atender a toda a população do mundo. E há, também, a limitação da capacidade de produção por parte dos laboratórios produtores, para entrega em tempo oportuno, ou seja, antes do inicio da segunda onda nos países do hemisfério sul.
19) Por que então estão sendo incluídos no público alvo da estratégia grupos de população saudável?
É que o Brasil decidiu ir mais além do que o recomendado pela OMS que era vacinar apenas os quatro grupos que apresentaram maior risco (trabalhadores de saúde, gestantes, população indígena e pessoas com doenças crônicas preexistentes).
Fundamentado em critérios epidemiológicos, descritos acima ( pergunta 17) ampliou o público alvo, incluindo grupos de pessoas saudáveis.
Nas Américas, além do Brasil, apenas Estados Unidos e Canadá adotaram essa iniciativa, demonstrando assim, o esforço brasileiro em vacinar a maior quantidade de indivíduos com risco de desenvolver formas graves ou morrer por esta doença.
20) A vacinação acontecerá em que período? Onde?
A vacinação acontecerá no período de 8 de março a 21 de maio de 2010, perfazendo nove semanas de trabalho, e acontecerá ao mesmo tempo em todo território nacional.
21) Como será feita a vacinação?
Os grupos de maior risco, apontados na pergunta 6, serão vacinados em etapas. Serão quatro etapas envolvendo, em cada uma, um ou mais de um desses grupos, de acordo com o seguinte cronograma:
Etapas e grupos selecionados Período de realização
1ª Etapa 8 a 19 de março
Trabalhador de saúde (1)
População indígena aldeada
2ª Etapa 22 de março a 2 de abril
Gestante em qualquer idade gestacional
Doentes crônicos
Crianças com idade entre seis meses a menor de dois anos
3ª Etapa 5 a 23 de abril
População de 20 a 29 anos
4ª Etapa 24 de abril a 7 de maio
População com mais de 60 anos com doenças crônicas
5ª Etapa 10 a 21 de maio
População de 30 a 39 anos
Fonte: CGPNI/DEVEP/SVS/MS
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